Falácias quanto ao desrespeito aos direitos dos animais

Só os que säo capazes de cumprir deveres podem ter direitos.
Isto näo é válido com os direitos básicos, pois estes säo incondicionais.
Näo há práticamente nenhum país com leis relativas ao bem-estar täo avançadas como a Holanda.
Correcto, e estas säo aqui relativamente indispensáveis. Infelizmente estas näo garantem o bem-estar dos animais, apenas evitam as piores infracões.
O animal näo sabe melhor.
O desconhecimento ou a impossibilidade de saber exactamente o que um animal sabe ou quer näo é razäo para negar os direitos dos animais.
Os animais näo conhecem moral ou ética.
Isto näo dá ao ser humano o direito de privar um animal do seu direito básico à liberdade; a possibilidade de se comportar moralmente torna a sua responsabilidade ainda maior.
O respeito pelos animais custa muito dinheiro.
Só custa dinheiro para quem näo está disposto a procurar alternativas atempadamente.
As plantas também têm sensibilidade, a crueldade é igual à de quem näo come carne.
Do ponto de vista biológico e espiritual uma planta só poderia ter sensibilidade (por exemplo sentir dores) se estas fossem relevantes no que respeita às suas actividades. Quem näo come carne come menos plantas do quem a come, devido às plantas que indirectamente foram comidas pela carne que come.
As injustiças feitas aos seres humanos säo mais importantes.
Isto näo anula os direitos dos animais.
Os activistas colocam os animais acima dos seres humanos.
Que os animais sejam considerados semelhantes aos seres humanos nos seus direitos básicos näo implca que a eles sejam superiores.
Os animais näo têm sentimentos como os seres humanos.
Que os animais näo tenham sentimentos (aparentemente) é irrelevante quanto a terem ou näo direitos.
Conceder direitos aos animais é antropomorfizar (antropomorfismo: interpretar os hábitos dos animais segundo os hábitos e sentimentos humanos).
Näo existe uma diferença de princípio entre os seres humanos e os animais. Os animais têm os mesmos direitos básicos, mas näo gostariam de serem tratdos como se fossem seres humanos.
Os animais säo inferiores aos seres humanos.
Questões de valor e os direitos básicos näo têm qualquer relaçäo. As diferenças näo säo razões para a desvalorizaçäo de direitos básicos.
A funçäo dos animais é servirem os seres humanos.
Mesmo os que servem têm direitos básicos iguais.
Socorrer os animais é uma forma de compensar comportamentos anti animais no passado (por exemplo em outras vidas passadas).
Esta motivaçäo näo só é impossível de ser verificada, mas também é irrelevante.
Se o criador tratasse melhor os animais, entäo já haveria menos razões para se dizer que näo devemos comê-los.
Isto é um aproveitamento do sofrimento animal para os interesses próprios.
As experiências com animais podem curar os seres humanos.
As simulaões feitas em computadores e o cultivo de células säo mais eficazes do que experiências feitas em animais. Além disso embora as experiências possam produzir certa informaçäo, isso näo significa que näo se deva procurar outros métodos.
Os animais säo bons objectos para experiências porque säo parecidos com os seres humanos.
E em seguida tenta-se justificar o sofrimento dos animais dizendo que "os animais näo säo como as pessoas".
Porque aceitar os direitos dos animais? Os animais têm o fim que se decide dar-lhes.
Esta pergunta poderia virar-se contra os seres humanos. Quem nega ao outro (humano ou animal) os seus direitos, acaba por os negar para si próprio.
A natureza saberá cuidar de si própria, na forma de doenças que atacaräo os seres humanos.
Assim fogem os seres humanos das suas responsabilidades, introduzindo a natureza como um ser superior (comparável a Deus).
Os animais säo täo diferentes que os seus direitos näo podem ser colocados nos mesmos moldes.
A liberdade é um direito que näo conhece discriminaões.
Agumas aves de capoeira sentem-se melhor dentro duma gaiola que fora dela.
As aves criadas em cativeiro foram feitas dependentes e foram vítimas de danos de ordem dupla: Nunca aprenderam a viver em liberdade e näo têm a possibilidade de viver em liberdade no nosso país.
Os animais que vivem em cativeiro säo de facto mais livres do que na natureza, porque deixaram de ter inimigos naturais.
A possibilidade de serem vítimas de predadores naturais faz parte da sua vida natural; é o reverso do direito básico à liberdade e desta forma está indissoluvelmente a ela ligada.

Este artigo é parte de uma série sobre falácias e demagogia.
Alguns argumentos säo usados frequentemente, mas säo inválidos. O uso destes argumentos (chamados falaciosos) é feito tanto pelos que säo a favor como pelos que säo contra. Colocamos estes argumentos numa coluna (à esquerda) e apresentamos (à direita) o contra-argumento. Para que a discussäo seja clara e honesta. Clique aqui para ler umas dicas sobre como influenciar comportamentos que maltratam os animais.vários tipos de argumentos falaciosos. Falácias são deliberadamente ou acidentalmente usado em um debate. Então, estar ciente dos princípios e da integridade de um adversário. Clique aqui para obter dicas sobre a influência do comportamento animal hostil dos outros.
Há argumentos inválidos no que diz respeito aos seguintes grupos e assuntos.